Marketing human-human
Escrito por Leandro Tetti e Guga Peccicacco
Seth Godin, escritor renomado com mais de 10 livros publicados, estava coberto de razão quando usou a palavra italiana "Sprezatura" para descrever o lado mais humano dos negócios. O termo significa "ser capaz de realizar a sua atividade sem demonstrar esforço ou cansaço". Entretanto, Seth não vai muito a fundo no que esse conceito pode significar para o marketing.
Para nós, este conceito toca no âmbito mais íntimo, um dos pilares fundamentais e um dos temas mais delicados da comunicação: a tecnologia está matando o lado mais humano do marketing ou fazendo com que ele se torne absolutamente mais relevante que antes? A coisa parece simples: o marketing precisa apresentar resultados e agora, com a internet e a automação, podemos tanto monitorar absolutamente tudo como reduzir ao máximo as questões humanas, passando para as máquinas a tarefa de conectar marcas a pessoas e fazendo com que as nossas atividades diárias não demandem nenhum esforço (olha a sprezzatura aí!).
Isso, para nós, é exatamente o oposto do conceito.
O Marketing é a conexão entre pessoas, é encantar e gerar experiências. A Tecnologia é poder, deve criar o novo e trazer soluções nunca antes imaginadas. Serve para entender o agora, prever o amanhã e planejar o futuro. Mas será que isso é o suficiente para gerar conexão entre pessoas? Será que toda a evolução de softwares disponíveis no mercado é suficiente para alcançar o pote de ouro do outro lado do Arco-íris, que é o relacionamento entre cliente e marca?
Com a democratização da informação, hoje somos mais de 2 bilhões de pessoas conectadas no planeta. A tecnologia gera apenas estatísticas que ajudam a definir padrões de consumo e aproximam, mas será que define qual ação tomar, baseada apenas em números?
As empresas e, por consequência, seus gestores de marketing e executivos, ficaram tão obcecadas por monitorar e esqueceram que o mais importante é escutar, aprender e servir para encantar, gerando experiências relevantes ao consumidor. Quer ver a aplicação na prática disso? Organize um evento e delegue para as máquinas as tarefas de receber, dar as boas-vindas, servir e se conectar. Será um absoluto desastre. Primeiro porque a tecnologia é incapaz de improvisar e, depois, porque ela é fria, por mais que emule o comportamento humano.
O que as pessoas querem mesmo é contato humano e isso está cada dia mais claro. Quer provas? Já leram sobre a volta dos mercados de escambo, a redução de adolescentes nas redes sociais e a reaparição dos armazéns de bairro? Você sabe do que estamos falando. Ah, mas a tecnologia ajuda um monte! Claro que ajuda. Não estamos falando da tecnologia que conecta pessoas que estão distantes, nem das tecnologias que facilitam nosso dia a dia. Estamos falando da outra, da que cruza a linha do bom senso e afeta a conexão verdadeira e pessoal.
Os gestores de marketing precisam resgatar algumas raízes importantes, se quiserem realmente criar marcas que encantam as pessoas. Precisam lembrar de escutar de verdade os clientes, sair da maquininha, do report, do dashboard e ir pra rua falar com as pessoas, perguntar e escutar, para entender, não para responder (com highlights do report de big data). E daí que o big data clusteriza. O tete-a-tete humaniza e quem você acha que vira mais rápido um embaixador? A persona ou a pessoa?
Nunca fomos tão conectados, porém, o ser humano nunca se sentiu tão sozinho. A tecnologia une, mas também afasta. As empresas que entendem esse conceito e conseguem aproximar pessoas, estão um passo à frente.
Então, meu caro colega marketiniano, na próxima vez que seu CEO pedir aquele insight, antes de sair correndo para a planilha, dê uma volta, vá tomar um café, converse com o senhor lendo o jornal. Humanize suas estatísticas. Entenda o ser humano. Utilize as ferramentas de tecnologia para facilitar seu contato human to human.
Seth Godin, escritor renomado com mais de 10 livros publicados, estava coberto de razão quando usou a palavra italiana "Sprezatura" para descrever o lado mais humano dos negócios. O termo significa "ser capaz de realizar a sua atividade sem demonstrar esforço ou cansaço". Entretanto, Seth não vai muito a fundo no que esse conceito pode significar para o marketing.
Para nós, este conceito toca no âmbito mais íntimo, um dos pilares fundamentais e um dos temas mais delicados da comunicação: a tecnologia está matando o lado mais humano do marketing ou fazendo com que ele se torne absolutamente mais relevante que antes? A coisa parece simples: o marketing precisa apresentar resultados e agora, com a internet e a automação, podemos tanto monitorar absolutamente tudo como reduzir ao máximo as questões humanas, passando para as máquinas a tarefa de conectar marcas a pessoas e fazendo com que as nossas atividades diárias não demandem nenhum esforço (olha a sprezzatura aí!).
Isso, para nós, é exatamente o oposto do conceito.
O Marketing é a conexão entre pessoas, é encantar e gerar experiências. A Tecnologia é poder, deve criar o novo e trazer soluções nunca antes imaginadas. Serve para entender o agora, prever o amanhã e planejar o futuro. Mas será que isso é o suficiente para gerar conexão entre pessoas? Será que toda a evolução de softwares disponíveis no mercado é suficiente para alcançar o pote de ouro do outro lado do Arco-íris, que é o relacionamento entre cliente e marca?
Com a democratização da informação, hoje somos mais de 2 bilhões de pessoas conectadas no planeta. A tecnologia gera apenas estatísticas que ajudam a definir padrões de consumo e aproximam, mas será que define qual ação tomar, baseada apenas em números?
As empresas e, por consequência, seus gestores de marketing e executivos, ficaram tão obcecadas por monitorar e esqueceram que o mais importante é escutar, aprender e servir para encantar, gerando experiências relevantes ao consumidor. Quer ver a aplicação na prática disso? Organize um evento e delegue para as máquinas as tarefas de receber, dar as boas-vindas, servir e se conectar. Será um absoluto desastre. Primeiro porque a tecnologia é incapaz de improvisar e, depois, porque ela é fria, por mais que emule o comportamento humano.
O que as pessoas querem mesmo é contato humano e isso está cada dia mais claro. Quer provas? Já leram sobre a volta dos mercados de escambo, a redução de adolescentes nas redes sociais e a reaparição dos armazéns de bairro? Você sabe do que estamos falando. Ah, mas a tecnologia ajuda um monte! Claro que ajuda. Não estamos falando da tecnologia que conecta pessoas que estão distantes, nem das tecnologias que facilitam nosso dia a dia. Estamos falando da outra, da que cruza a linha do bom senso e afeta a conexão verdadeira e pessoal.
Os gestores de marketing precisam resgatar algumas raízes importantes, se quiserem realmente criar marcas que encantam as pessoas. Precisam lembrar de escutar de verdade os clientes, sair da maquininha, do report, do dashboard e ir pra rua falar com as pessoas, perguntar e escutar, para entender, não para responder (com highlights do report de big data). E daí que o big data clusteriza. O tete-a-tete humaniza e quem você acha que vira mais rápido um embaixador? A persona ou a pessoa?
Nunca fomos tão conectados, porém, o ser humano nunca se sentiu tão sozinho. A tecnologia une, mas também afasta. As empresas que entendem esse conceito e conseguem aproximar pessoas, estão um passo à frente.
Então, meu caro colega marketiniano, na próxima vez que seu CEO pedir aquele insight, antes de sair correndo para a planilha, dê uma volta, vá tomar um café, converse com o senhor lendo o jornal. Humanize suas estatísticas. Entenda o ser humano. Utilize as ferramentas de tecnologia para facilitar seu contato human to human.
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